São das espécies de insetos mais resistentes do planeta, graças ao facto de poderem viver durante muito tempo com pouca comida e de conseguirem resistir a altas doses de radiação.
Mas, seja pelo o aspecto que têm, por poderem voar a qualquer momento ou por serem sempre convidadas indesejados nas habitações, as baratas não são o inseto mais adorado – principalmente pelas mulheres. E quando aparecem, podem vir às centenas, uma vez que algumas espécies de baratas podem reproduzir cerca de 20 mil ‘baratinhas’.
Apesar de os chineses comerem regularmente baratas fritas por acreditarem que tem benefícios para a saúde, para este lado do globo, quando elas aparecem, o instinto é recorrer a um chinelo ou a um inseticida – depois de gritar, claro.
Fecha-se a porta da divisão em que a barata foi vista, espera-se que o veneno produza efeito e depois dá-se de caras com ela morta, de pernas para cima.
Há uma razão para isso: geralmente os insetos andam em paredes e superfícies verticais e quando sentem os efeitos do veneno, caem dessas superfícies.
Com uma carapaça arredondada, três pares de pernas ásperas e um centro de gravidade alto, as baratas conseguem agarrar-se a superfícies rugosas com alguma facilidade, mas não é o caso de um ambiente artificial de uma casa com paredes, móveis e objetos lisos. Dessa forma, quando uma pessoa lança o veneno, a barata sente um espasmo o que vai fazer com que caia para trás e, o mais provável, de ‘papo’ para o ar.
O produto químico provoca uma falta de coordenação muscular no inseto, fazendo com que, ao estar com as patas para cima, não se consiga virar.
Da mesma forma, se a barata sentir o inseticida quando está no chão, morre na posição normal, isto é, com as asas para cima.
Há uma larga gama de inseticidas e alguns, em vez de atacar o sistema nervoso da barata, atingem a respiração, apesar de atuarem mais lentamente. Nestes casos, ela pode morrer com as patas no solo, pois, faltando a respiração, perde as forças para se mover.
Já na natureza não há inseticida e quando morrem de velhas, acabam por se decompor no solo. Isto se não forem comidas por outro animal antes.