Primeiro veio o alarme social: aquela descarga presenciada pelos banhistas na praia da Torre, em Oeiras, seria de cimento? Estaríamos perante um atentado ambiental? Em ano de autárquicas, o vídeo da descarga, registada no dia 6 de abril, funcionou como um rastilho de pólvora para muitas discussões nas redes sociais.
Depois veio o esclarecimento: a Câmara Municipal de Oeiras garante que se tratou de uma descarga de lama (e não de cimento), proveniente das obras no condomínio da Barra.
De acordo com o município, o seu departamento de Ambiente enviou para o SIMAS (Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento dos Municípios de Oeiras e Amadora) uma “reclamação relativa a uma descarga que estava a decorrer na praia da Torre”.
“De uma forma célere o SIMAS deslocou-se ao local e verificou que a descarga era proveniente de obras que estão a decorrer no condomínio da Barra, situado em frente à praia da Torre. Foi-nos indicado que a descarga está relacionada com a execução de um furo artesiano. O responsável foi, imediatamente, identificado pela Polícia Municipal”, continua o comunicado da Câmara.
E acrescenta: “Efetuou-se a limpeza do poço de bombagem que recebeu esta descarga e consequentemente fez-se uma avaliação do estado das bombas hidráulicas. Foi realizada limpeza e inspeção vídeo ao coletor para analisar o estado do coletor pluvial. Constatou-se que o coletor necessita de limpeza e nova inspeção para se poder excluir qualquer obstrução do coletor pluvial – esta irá prosseguir na próxima quarta-feira, dia 12 de abril.”.