O Atlas Internacional das Nuvens, que é desde o século XIX a fonte oficial de categorização das nuvens, reconheceu 12 novas formações. Este Atlas tem sido a referencia global de observação e identificação de nuvens e foi revisto pela ultima vez em 1987.
A versão atual está disponível em formato digital e inclui agora, depois de algumas reivindicações da comunidade cientifica nesse sentido, a “asperitas”, um fenómeno caracterizado por “ondas no céu”. A primeira aparição capturada destas nuvens fez-se no Estado americano de Iowa, em 2006, mas rapidamente se percebeu que o fenómeno já não era novo.
As novas nuvens consideradas incluem ainda as volutus – a nuvem em formato de rolo, a cauda – conhecida por ser, como facilmente se percebe, uma nuvem com cauda, a murus – as nuvens que formam um corredor e até as nuvens formadas pelo vapor dos aviões.
Este Atlas, publicado pela World Meteorological Organisation (WMO), tem sido usado pelas mais diversas áreas de trabalho, desde a meteorologia até à navegação e aviação e ficou agora disponível ao público pela primeira vez.
Um dos elementos-chave para esta evolução do Atlas é precisamente a evolução da tecnologia. Qualquer pessoa é capaz de capturar imagens com as variações da formação de nuvens e, segundo Gavin Pretor-Pinney, o fundador da Sociedade de Apreciação de Nuvens, “as pessoas não precisam de ser observadores oficiais de meteorologia, não precisam de ter uma formação no Atlas Internacional de Nuvens, só precisam de dizer “Isto é incrível!”, fotografar e enviar-nos a fotografia, e sendo o centro dessa rede (os cidadãos) podem descobrir um padrão.”
Além destas declarações, a BBC noticiou que Gavin Pretor-Pinney disse ainda: “O Atlas tem também valor porque chama a nossa atenção para o céu. Ao dar uma linguagem às formas da nossa atmosfera ajudamos as pessoas a valorizarem-na e a prestar atenção ao seu impacto.”