Segundo os responsáveis do Takagoyama Nature Zoo, a cerca de 45 quilómetros de Tóquio, dos 164 macacos japoneses, como também é conhecida a espécie, que habitavam o recinto, 57 eram resultado do cruzamento com macacos Rhesus, considerados “invasores exóticos” no país. “Têm de ser mortos para proteger o ambiente indígeno”, justifica o zoo, que classifica o abate como “inevitável”.
Os animais foram abatidos através de uma injeção letal e foi-lhes feito um memorial num Templo Budista nas imediações.
Segundo um jornal regional de Chiba, os restantes 107 macacos vão ser mantidos no zoo e todos os que nascerem daqui para a frente estarão sujeitos a testes de ADN.
Segundo o porta voz do WWF (World Wide Fund for Nature) japonês – o grupo que atua na área da conservação das espécies – as espécies invasivas como os rhesus causam problemas “porque se misturam com os animais indígenas e ameaçam o ambiente e o ecossistema natural”. Tomoko Shimura, um dos responsáveis pela Sociedade de Conservação da Natureza do Japão acrescentou: “Prevenir a exposição a animais exteriores é muito importantes”.
O macaco-japonês é unicamente oriundo do Japão, enquanto o Rhesus existe em vários países como a India, o Nepal, o Bangladesh, o Paquistão, o Vietname ou a China. Ambas são espécies em risco, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.