De um lado, as fotos de turistas da devastação resultante do grande incêndio de agosto no Funchal, que se espalham pelas redes sociais e prejudicam a imagem do destino insular eleito como o melhor do mundo de 2015, e da Europa de 2016, pela World Travel Awards. Do outro lado, a estratégia da Associação de Promoção da Madeira (APM) para remar contra essa maré.
A APM, diz o seu diretor executivo, Roberto Santa Clara, aposta numa “forte presença online e na elaboração constante de bons suportes de conteúdos do destino”. Foram já lançados oito novos vídeos, com temas diversificados como, por exemplo, o Mar, Natureza, Life Style, Golfe ou Mergulho.
Seja como for, Roberto Santa Clara diz que os dados existentes “apontam para que não se tenham sentido quaisquer efeitos negativos no que respeita às receitas do destino”, em consequência do dantesco incêndio de agosto.
Um inquérito feito pelas entidades oficiais uma semana após o sinistro, junto da hotelaria regional, quanto às reservas para agosto, setembro e outubro, “deixou claro que não houve impacto direto na procura”, esclarece o diretor executivo da APM.
A média global para esses três meses situou-se acima dos 80%, com mais dez pontos percentuais do que o avançado por uma sondagem de julho para o mesmo período. “As perspetivas continuam a ser bastante otimistas”, reforça Roberto Santa Clara.