Se quiser ter um casamento feliz e duradouro, então considere começar a beber com o seu companheiro. Um estudo provou que os casais que bebem juntos são mais felizes do que os que não o fazem.
Para chegar a esta conclusão, o estudo, publicado no Journals of Gerontology B: Psychological Sciences, teve em conta as respostas de 2767 casais heterossexuais que participaram numa pesquisa a longo termo. Durante 10 anos, todos os participantes foram entrevistados por investigadores e responderam a questões sobre os seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas – se bebem, quantas vezes por semana o fazem e quantas bebidas consomem por dia. Todos os participantes tinham cerca de 50 anos, estavam casados, em média, há 33 anos, e dois terços estavam no seu primeiro casamento.
Em mais de metade dos casais estudados, ambos os membros bebiam álcool. As mulheres, no geral, eram as que bebiam menos. Contudo, nos casais em que a mulher era a única consumidora de bebidas alcoólicas, existia uma maior insatisfação no casamento.
No geral, os casamentos com mais sucesso eram aqueles em que ambos os membros bebiam, ou nenhum deles o fazia.
“Não estamos a sugerir que as pessoas devam beber mais ou mudar a maneira como bebem”, disse Kira Birditt, autora do estudo, à Reuters Health. “Não temos a certeza do porquê de isto acontecer, mas pode ser que os casais que fazem mais atividades de lazer juntos tenham uma qualidade matrimonial melhor.”
“O estudo mostra que não é a quantidade que eles bebem, mas se bebem ou não”, acrescentou.
No entanto, Birditt alertou que beber numa idade adulta avançada está a tornar-se um problema. Ficou provado que cerca de 20% dos homens e 6% das mulheres que participaram na pesquisa sofriam de problemas alcoólicos.
Sobre o estudo, Elaine Hindal, chefe executiva da Drinkware, uma escola que promove a educação sobre o álcool, afirmou: “O álcool também pode ter um efeito negativo nas relações se não for bebido em moderação. Afeta o cérebro e diminui as nossas inibições, o que pode fazer com que diga algo numa discussão que pode vir a arrepender-se”.
