A depilação começou a ganhar adeptas em Portugal depois da I Guerra Mundial, quando o guarda-roupa feminino se tornou mais revelador e a Gilette lançou a primeira lâmina de depilação feminina. Durante as décadas de 70 e 80, alguns movimentos lutaram contra a depilação em favor da liberdade e do desprendimento com as coisas materiais e luxos.
Várias décadas depois, a não depilação volta a dar que falar. O caso mais recente é de Adele Labo, uma adolescente francesa de 16 anos, que criou a hashtag #LesPrincessesOntDesPoils, algo como #AsPrincesasTêmPelos, depois de ter sido gozada na escola por não fazer a depilação.
Junto com a hashtag, a jovem partilhou imagens das suas axilas e pernas não depiladas e incentivou outras mulheres a fazerem o mesmo, com o objetivo de lutar contra preconceito de pelos no corpo feminino.
A hasthtag rapidamente se tornou um sucesso no Twitter, tendo sido a mais popular em França, com dezenas de milhares de utilizações.
A atitude de Labo foi admirada por uns e considerada “nojenta” por outros. Houve até quem lhe chamasse de “feminazi”. Perante os insultos, a jovem respondeu que as mulheres não tinham de deixar de se depilar, mas que deviam respeitar quem escolhesse fazê-lo.
Num tweet, Adele Labo menciona Portugal. “Só para deixar claro, #lesprincessesontdespoils não tem nada a ver com Portugal”, esclareceu a jovem, talvez fazendo referência ao estereótipo que os franceses têm das mulheres portuguesas.