Felicito-vos pela iniciativa de publicarem sobre um assunto complexo, para mais tendo contra ele interesses económicos e financeiros gigantescos e poderosos, que envolvem as mais lucrativas empresas do Mundo.
Pertenço ao escassíssimo grupo de pessoas que em Portugal sabem o que é a hiperssensibilidade às radiações electromagnéticas.
Entre outros, as radiações do wireless produzem em mim um efeito semelhante à produzida pela radiação solar sobre pessoas que têm doenças autoimunes como a Artrite Reumatóide, Lupus ou o S. de Sjogren.
Depois de passar alguns dias na Torre do Tombo a preparar o meu próximo livro, estou de baixa com um brutal surto de uma doença não identificada parecida com síndrome de Sjogren, de que sofro.
Tenho a minha casa protegida das cerca de 60 redes wireless dos apartamentos circunvizinhos. Mas tenho dificuldade em proteger-me na escola onde lecciono e nos arquivos e bibliotecas onde investigo.
Nestes não tenho direito sequer a um dia por ano livre da poluição electromagnética. Receio fundadamente pela saúde dos que lá trabalham e que se ririam se lhes falasse dos riscos que correm…
Como este é um assunto apenas bem conhecido na Suíça, na Alemanha, na França, no Reino Unido, e noutros similares, não é para estranhar a ignorância dos povos dos demais Estados, em que se combina o analfabetismo e a obsessão com as novas tecnologias… A estultícia com o deslumbramento com os aparelhos electrónicos… Realidade tão comum a Portugal como aos países do Terceiro Mundo.
E não são para estranhar as proclamações de alguns supostos sábios, cujas investigações são pagas com dinheiro das indústrias de que se constituem uns disfarçados advogados…
Mário Rodrigues
Queria felicitar a equipa da Visão pela capa desta semana sobretudo a jornalista que escreveu o artigo porque é notório que se dedicou ao tema com profundidade e profissionalismo.
Confesso que esta era uma questão sobre a qual ainda não tinha lido e além de ter aprendido muito com o artigo também foi um prazer ler histórias tão bem contadas e pespectivas tão diversas.
Começa a ser raro ver artigos tão completos e que vão ao fundo das questões por mais complicadas ou incómodos que eles possam ser.
Fica a dúvida, mas fica também o alerta para as nossas autoridades que têm a obrigação de nos proteger contra estes possíveis perigos invisíveis.
Excelente trabalho jornalístico, verdadeiramente digno desse nome.
Parabéns.
Miguel Santos, Lisboa
Entre as declarações de quase inocuidade e os sintomas que obrigaram ao isolamento, existe uma grande indefinição quanto aos perigos destas ondas para a saúde. Justifica-se uma convergência de esforços científicos com resultados mais conclusivos e esclarecedores.
José M. Carvalho, Chaves
Como eu gosto de ver a minha revista de sempre a desafiar as ideias feitas e a não ter medo de lançar a discussão na praça pública!
Estou permanentemente a ver no telefone a quantidade de fontes de wi-fi à minha volta e elas ultrapassam facilmente as dez! Isto não pode ser inofensivo, simplesmente ninguém quer acreditar porque já ninguém vive sem estar ligado!
É preciso alertar para os perigos sem temer as todo-poderosas operadoras! Claro que para elas as radiações serão sempre inofensivas ou perdem o negócio!
Façam mais artigos destes! Há que desafiar de forma séria as ideias feitas!
Bem haja!
Clara Antunes
A reportagem sobre os malefícios das ondas eletromagnéticas são uma advertência séria e preocupante. Contudo, o professor António Vaz Carneiro desvaloriza os efeitos imediatos e considera que podemos atingir a longevidade mesmo com essas ameaças.
Gustavo Reis, Ferragudo
Vive-se uma era de fundamentalismos intensos de toda a ordem e os portugueses voltam a aderir em força e perigosamente a estas insanas novidades.
Por ignorância, por preguiça em usar o raciocínio lógico, pelo silêncio dos responsáveis que deviam esclarecer os menos dotados e por desinformações contagiantes dos órgãos de informação social o fenómeno do fundamentalismo está a renascer e a torna-se seriamente numa doença social.
A má receptividade aos ensinamentos básicos de física e de matemática ministrados no secundário que são hoje relegados por pais, encarregados de educação, jornalistas, etc. que têm por obrigação de contrariar tais atitudes e de criar as necessárias condições para o gosto de aprender não só estimulam a repulsa pelo aprender como também fazem gala de afirmar que também eles enjeitam tais matérias.
Os milhões de técnicos deste planeta Terra que estiveram e continuam a estar muitas horas do dia e durante muitos anos sob a influência directa de radiações emanadas de equipamentos e linhas de transporte de energia eléctrica em alta e muito alta tensão constituem uma universal e temporal amostragem mais do que suficiente para que as sociedades médicas e científicas já terem concluído, validado e publicado nas revistas da especialidade quaisquer causas/efeitos resultantes à exposição a tais radiações.
Quantos milhões mais de trabalhadores que exercem as suas actividades profissionais sob influência de linhas e equipamentos eléctricos em muito alta tensão são precisos observar, e durante quanto tempo mais, para se concluir que a exposição às tão maléficas radiações são ou não prejudiciais para os seres humanos?
Quanto aos postes e às de linhas eléctricas de baixa, alta e de muito alta tensão junto a escolas, residências e aglomerados populacionais só serão perigosos se os seus acessos por escalada não estiverem devidamente protegidos e as linhas não estiverem a distância de segurança, isto é de serem facilmente tocadas por meios físicos manuais.
Também os postes e as linhas eléctricas de baixa e alta tensão dentro e próximos de propriedades urbanas isoladas e ou em aglomerados poderão prejudicar o envolvimento, a paisagem e as vistas e nestas circunstâncias poderão ser causa de desvalorização das propriedades e da qualidade de vida, havendo nestes casos bases reais para justas reclamações e pedidos de indemnizações.
E sobre as tão badaladas radiações emanadas pelos telemóveis consideradas com causadoras de maleitas recordo que desde a segunda guerra mundial que muitos milhões de militares de todo o mundo estiveram e continuam a estar sob a influência directa das intensas radiações emanadas por potentes equipamentos de transmissão sem que até esta data também as sociedades científicas e médicas mundiais tenham detectado e comprovado que tais radiações são perniciosas para os seres humanos!
E o que dizer dos técnicos que trabalharam e dos que trabalham durante anos nos potentes centros emissores de radiocomunicações e de televisão?!
Não será difícil aquilatar do estado de saúde dos que estão vivos e das maleitas dos que já se foram!
E do que dizer das elevadas radiações electromagnéticas emanadas pelas antenas de televisão, muito superiores às dos telemóveis, que entram em nossas casas!
Finalmente, será que os que reclamam dos malefícios das radiações electromagnéticas das linhas de transporte de energia eléctrica em baixa, alta e muito alta tensão e das antenas de telemóveis, radiodifusão e televisão saberão do que reclamam, ou fazem-no porque os outros também reclamam?
E mal vai o mundo quando hoje em dia banalizam a ciência com dissertações sobre energias positivas, energias negativas, energias más, energias boazinhas, auréolas energéticas, radiações, etc. sem saberem o que é fisicamente energia, e muito menos o que são radiações!
Qualquer pessoa é livre de manifestar as suas dúvidas e os seus receios, mas quando estas manifestações são colectivas e causam distúrbios e confusões os que têm por obrigação de sossegar e esclarecer os menos dotados não só enfileiram com os reclamantes como afinam as suas vozes com as deles. Portugal que se quer a ombrear com os países da Europa parece querer-se contrariar esta ambição.
E o que diz a Ordem dos Médicos? Já lhe foi pedido que indagassem junto das suas congéneres e das reputadas associações científicas internacionais se têm conhecimento de algum caso relatado e confirmado de quaisquer maleitas com origem nas ditas radiações?
Com os meus cumprimentos
Manuel Peñascoso
Em primeiro lugar gostaria de enviar-lhe meus parabéns pela excelente matéria publicada no semanário Visão.
Este assunto tão polémico não é muito aceite pelos editores chefes, e quando da publicação do meu livro “QUE FUTURO!!! Os Efeitos da Poluição Eletromagnética Sobre a Saúde”, no final de 2014, as revista como Veja, IstoÉ, Época e outras não se interessaram pela pauta.
Apenas a cadeia de televisão TV Cultura, aqui em São Paulo dedicou um apontamento no jornal de notìcias. Veja o trailer:
Sou português, engenheiro eletrotécnico pelo ISEP e escrevi sobre este tema o livro citado.
Gostaria que tomasse conhecimento do meu trabalho em:
http://camposeletromagneticos.wordpress.com
Eugénio Lopes
Caro diretor,
Não posso deixar de dar os parabéns à Visão pela coragem de escolherem um tema tão complexo e polémico para a capa desta semana.
É um tema que muito me tem preocupado, sobretudo enquanto mãe e a verdade é que parece haver uma sensibilidade a este tema lá fora que tarda a chegar a Portugal. É importante que uma revista como a vossa tenha a coragem de lançar o alerta.
Percebi pela leitura do artigo que ainda há muito que não sabemos, isso é preocupante e motivo suficiente para lançar um debate que toca em muitos interesses instituídos.
Afinal, há médicos e cientistas que reconhecem o perigo destas ondas. Não podemos ignorá-los.
Obrigada por tratarem o tema de forma séria e por ajudarem a despertar os portugueses para o tema.
Andreia Santo
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