No futuro, médicos poderão ser capazes de identificar Alzheimer 20 anos antes dos seus sintomas, revela um novo estudo. Desta forma, os médicos poderão prever que pessoas vão desenvolver a doença a tempo de a retardar através de medicação e alterações no estilo de vida.
Investigadores do Instituto Karolinksa, na Suécia, e da Universidade Uppsala descobriram que a inflamação ocorre no cérebro décadas antes da condição apresentar sintomas e já começaram a testar tratamentos capazes de retardar o desenvolvimento da doença.
O estudo incluía membros de famílias com quatro tipos diferentes de mutações de Alzheimer e um grupo de pacientes com Alzheimer “esporádico.”
Todos os participantes foram sujeitos a testes de memória e exames e o grupo de investigadores conseguiu examinar mudanças que apareciam numa fase precoce da doença.
“Acredita-se que as mudanças inflamatórias na forma de elevados níveis de astrócitos no cérebro são um indicador precoce do inicio da doença,” explicou Agneta Nordber, professor e investigador principal do estudo. “A ativação de astrócitos atinge o pico cerca de 20 anos antes dos sintomas e depois declina, em contraste com a acumulação de placas amiloides, que aumenta constantemente com o passar do tempo até sintomas clínicos se mostrarem.”