Queimados na idade média, pela Inquisição, continuam a ser uma minoria no mundo mas uma minoria de 500 milhões.
Passamos a vida a dizer que o mundo não foi feito para canhotos mas, há estudos a assegurar que são mais rápidos no pensamento e que a percentagem de génios canhotos é estatisticamente superior ao esperado.
Podem ter alguma vantagem em certos desportos (hóquei, futebol, esgrima…) mas têm também mais probabilidades de sofrer psicoses. São melhores artistas mas irritam-se facilmente. Têm maiores possibilidades de desenvolver doença de Crohn e colite mas são melhores a matemática.
Agora, avança o mais recente estudo sobre o assunto, têm maior preferência pelo lado esquerdo. O autor da investigação chama-se Daniel Casanto, que dirige um laboratório de psicologia e cognição na Universidade de Chicago, e fez vários testes a comprová-lo.
Mostre-se um boletim de voto a um grupo de canhotos. Se os candidatos estiverem listados do lado esquerdo, terão mais votos de quem escreve à esquerda.
Mas porque o nosso lado predominante influencia as nossas decisões? Uma resposta parece vir de uma teoria chamada cognição imbutida: é a ideia de que os nossos pensamentos são simuladores da ação. Daí que, como explica Casanto, quando se pede a um canhoto para desenhar um animal bom, ele o faça no lado esquerdo da folha. O dextro, bom, o dextro prefere o lado direito.