Ao fim de dois dias a fazer a rota dos refugiados rumo ao norte da Europa, Mónica Amaral começou a enviar-nos fotografias da viagem. Nelas há caras, muitas caras, há sombras lindíssimas e há um velho sírio a tocar uma espécie de alaúde. “Foi pena ter levado uma máquina mazinha”, diria a artista plástica-agora-apenas-voluntária. Mas que importa as fotografias estarem demasiado claras se através delas conseguimos ver aquilo que Mónica foi vendo?
Melhores ou piores, todas as imagens que aqui publicamos têm a força do testemunho de quem quis ir para o terreno ajudar a minorar o sofrimento dos refugiados. “Não é preciso nada de especial para ser voluntário”, garante o técnico de eletrónica Leonel Carrilho. “Basta um par de mãos para ajudar.” E nós, ao vermos estas fotografias, ficamos com vontade de acreditar.