Primeiro as boas notícias: Em vinte anos e até 2010, o País foi aumentando consistentemente o investimento em Investigação & Desenvolvimento (I&D); renovou-se o tecido universitário; criou-se indústria de base tecnológica. Todos os anos há investigadores portugueses a receberam as “milionárias” bolsas do European Research Council (Conselho Europeu de Investigação). Também há institutos que conseguem atrair financiamento de importantes fundações estrangeiras.
Agora as más: Com 17,7 doutorados por mil habitantes, continuamos com uma taxa muito baixa de doutorados por mil habitantes. Na Alemanha, por exemplo, esta taxa é de 32,7. A par disso, há uma grande dificuldade da indústria nacional absorver mão de obra qualificada, mostrando até uma certa “aversão aos doutores”. O investimento em I&D estagnou, mantendo-se muito abaixo da média europeia. O que nos falta? Maior participação da indústria e um estreitar da ligação entre a academia e as empresas.