Questionado durante uma entrevista à TVI sobre a diminuição de meios disponíveis para o combate aos incêndios, desde logo meios aéreos, o primeiro-ministro respondeu: “Houve uma subestimação dos riscos da primeira quinzena de outubro e que, aliás, se mantêm até este momento”.
“E houve seguramente carência de meios. Mas, ouvindo as populações, ouvindo os responsáveis pelos bombeiros, ouvindo os autarcas em cada um destes concelhos, também todos temos noção da excecionalidade do que aconteceu no dia 15 de outubro e, em particular, na noite de 15 para 16 de outubro”, acrescentou.
António Costa falava em entrevista à TVI, a partir do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, conduzida pelo jornalista Pedro Pinto.
Na entrevista, o primeiro-ministro garantiu ainda que Governo está totalmente empenhado em manter uma boa cooperação institucional com o Presidente da República e considerou que seria “uma enorme perda para o país” se essa relação fosse prejudicada.
Questionado repetidamente sobre a comunicação ao país do Presidente da República na sequência dos incêndios deste mês, Costa escusou-se a responder se sentiu deslealdade, traição ou choque face a esse discurso.
“Um dos bons contributos que o primeiro-ministro deve dar para um bom relacionamento institucional do Presidente da República é não comentar a atividade do Presidente da República”, declarou.
com Lusa