O desemprego, em maio, baixou para os 9,2%. O valor fica duas décimas abaixo da estimativa inicial do INE, publicada no final de junho. Os dados, divulgados esta sexta-feira, indicam ainda que a taxa de desemprego, em junho, deve descer para os 9%. Este último dado é ainda provisório.
Estes números ganham mais importância depois da controvérsia que envolveu o comentador político e conselheiro de Estado, Marques Mendes, e o INE no início da semana. No passado domingo, no seu espaço de comentário habitual na SIC, o ex-presidente do PSD tinha anunciado que o desemprego em maio ficaria nos 9,4%. Ora este número era precisamente aquele que tinha sido emitido de forma provisória pelo INE no dia 30 de junho, quase um mês antes.
No dia seguinte, o Instituto Nacional de Estatística emitiu um comunicado pouco comum, onde criticava o comentador por antecipar um “resultado já apresentado”. Ainda no comunicado, a entidade alegava que “esta falsa antecipação é grave”, porque “pode gerar na opinião pública a ideia de que Luís Marques Mendes tenha qualquer privilégio” em relação aos dados do INE.
A divulgação dos dados provisórios do INE já tinham gerado polémica no verão de 2015. Na altura, a diretora daquela entidade, Alda Carvalho, disse mesmo que as estimativas provisórias poderiam deixar de ser publicadas. Isto porque no mês de maio desse ano a previsão inicial tinha sido oito pontos mais alta do que a taxa de desemprego final. Certo é que o INE acabou por deixar essa ideia cair e continuou a divulgar os dados provisórios.