A polícia ainda está em busca de uma dúzia de outras pessoas que publicaram mensagens no Twitter com “informações difamatórias e falsas”, alega a polícia, segundo a agência estatal Anatolia.
Um membro do Partido Republicano do Povo, da oposição, disse à Anatolia que os suspeitos estavam detidos por “apelarem às pessoas para se manifestarem”.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse no domingo que o Twitter estava a causar problemas e que muitos utilizadores estavam a divulgar “mentiras” para alimentar os protestos contra o seu Governo.
Na Turquia, os jovens recorrem às redes sociais para organizar protestos e alertam, através dos mesmos meios, para os locais onde a polícia recorre a gás lacrimogéneo e a canhões de água.
A onda de protestos na Turquia, que vai já no sexto dia, iniciou-se na sexta-feira depois de a polícia ter dispersado, com gás lacrimogéneo, uma manifestação pacífica contra os planos de construção de um centro comercial num parque de Istambul.
Milhares de pessoas foram detidas desde sexta-feira, mas a maioria já foi libertada.
Na terça-feira, o vice-primeiro-ministro turco, Bulent Arinc, pediu desculpa pelos ferimentos causados a várias pessoas pela polícia, apelando ao fim dos protestos.