O jovem ficou em estado de coma vegetativo a 3 de julho de 1989, quando tinha 21 anos, depois de se submeter a uma rinoplastia numa clínica de Madrid. A família lutou, ao longo de todos estes anos, para que fosse encontrado um culpado e paga uma indemnização. Mas uma primeira sentença decretou a obrigação do pagamento de mais de um milhão de euros, por parte da seguradora, tanto o tribunal de primeira instância como o Supremo Tribunal concluiram que não houve negligência médica.
Com os pais acampados na praça madrilena de Jacinto Benavente, em 2009, o caso modificou-se no dia em que Ignacio Frade, um dos cirurgiões que participara na operação de Meño, passou pela tenda instalada em frente ao Ministério da Justiça e ofereceu-se para testemunhar em tribunal.
Só em novembro de 2010 o Supremo Tribunal admitiu ouvir o cirurgião que confirmou que, durante a cirurgia, o anestesista saiu da sala de operações e não estava presente quando o próprio Frade se apercebeu de uma alteração da frequência cardíaca do jovem.
Depois deste testemunho, a família regressou a casa, passados 552 dias de acampamento improvisado. Em julho de 2011, foi possível chegar a um acordo que permitiu aos pais receber, ao fim de 22 anos de luta, mais um milhão de euros de indemnização, um valor que a mãe confessou, então, aceitar por “não ter forças para prosseguir” a batalha judicial.