Vinte e seis anos depois da JMJ de Buenos Aires, do ano de 1987, o encontro mundial de jovens católicos regressou à América Latina, desta feita, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.
O cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, de cujo dicastério dependem as jornadas, e o arcebispo do Rio de Janeiro, Orani Joao Tempesta, abriram o encontro mundial com a celebração de uma missa na praia de Copacabana, numa tarde sombria, chuvosa e com vento que, contudo, não demoveu as centenas de milhares de jovens.
A cerimónia, a que assistiram entre 500 mil a 600 mil jovens, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, começou com a chegada da Cruz dos Jovens, carregada em ombros, e de uma imagem da Virgem Maria.
Aquela que é conhecida como “Cruz dos Jovens”, feita em madeira, tem quase quatro metros de altura, 1,75 metros de largura e pesa 31 quilogramas. Foi entregue por João Paulo II aos jovens em 1984, quando criou estas jornadas e desde então tem sido transportada a todos os cantos do mundo, presidindo a todas as edições.
“Trata-se de uma JMJ particular. Depois de 26 anos regressa à América Latina, a um continente jovem, a um continente de esperança”, afirmou o cardeal Stanislaw Rylko, ao recordar as palavras de João Paulo II no encontro de Buenos Aires, quando este disse ter colocado as suas esperanças na América Latina.
“Sois a esperança do papa, sois a esperança da Igreja. América Latina, sê tu mesma, fiel a Cristo, resiste diante de todos aqueles que querem asfixiar a tua ovação de esperança”, disse João Paulo II na ocasião.