A primeira carta foi recebida na sexta-feira num escritório municipal de Nova Iorque, enquanto a segunda missiva chegou, no domingo, a um gabinete de Washington que acolhe a organização “Prefeitos Contra as Armas”, fundada e promovida por Michael Bloomberg.
As cartas continham ameaças contra Bloomberg pela sua política contra a venda livre de armas de fogo, que se tornou mais ativa depois do massacre numa escola de Newtown (Connecticut), em dezembro.
As análises preliminares realizadas às missivas nos dois locais de receção confirmaram a presença de rícino, num resultado confirmado, na quarta-feira, num outro teste à carta recebida em Nova Iorque, indicou a polícia, em comunicado citado pelas agências internacionais.
Três membros de uma unidade de emergência da polícia de Nova Iorque tiveram de receber tratamento médico por apresentarem sintomas ligeiros de exposição ao rícino, uma proteína tóxica existente nas sementes dessa planta e cujo pó branco é mortal se for inalado e atingir a corrente sanguínea.
O envio das cartas, que tinham uma morada de devolução situada no estado do Louisiana, está sob investigação da polícia de Nova Iorque e da divisão antiterrorista do FBI.
Apesar de a polícia não ter facultado mais detalhes, as autoridades não descartam a possibilidade de as cartas terem sido enviadas pela mesma pessoa, segundo a CNN.
Em meados de abril, uma carta contendo rícino foi enviada ao Presidente norte-americano, Barack Obama, no mesmo dia em que o mesmo veneno seguiu num envelope endereçado ao senador republicano Roger Wicker. Ambas tinham a frase: “Sou KC e aprovo esta mensagem”.
A carta dirigida a Obama foi intercetada num departamento durante uma operação de controlo de rotina, mas criou especial alarme por uma eventual ligação aos atentados de Boston, a qual foi rapidamente descartada.