Um polícia sofreu queimaduras no tórax devido ao impacto de um ‘cocktail molotov’, tendo sido transportado “com urgência” para o hospital, indicou a Polícia Militar do Rio de Janeiro na sua conta Twitter.
Um fotógrafo da agência noticiosa francesa AFP e outro do Globo foram atingidos na cabeça com objetos, enquanto um manifestante foi ferido na perna por uma bala de borracha, segundo a Polícia Militar, citada pela agência Efe.
Os agentes detiveram três pessoas com ‘cocktails molotov’, uma por atirar pedras contra os agentes e uma quinta por desacatos.
Além disso, foram detidas, por incitamento à violência, duas pessoas que transmitiam em direto o protesto pela Internet.
A polícia brasileira dispersou com recurso a balas de borracha e a gás lacrimogéneo os manifestantes na sequência dos confrontos, ocorridos numa das ruas bloqueadas pelos efetivos para impedir a sua chegada ao Palácio, sede do governo regional,
Segundo a rede Globo, um dos seus veículos foi destruído pelos manifestantes mais violentos, que em outros protestos também atacaram carros de grandes meios de comunicação social.
O protesto, que juntou cerca de 1.500 pessoas, segundo dados da polícia, concentrou manifestantes de natureza diversa, desde opositores ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, até representantes da luta pelos direitos dos homossexuais. Um dos momentos tensos ocorreu próximo do Largo do Machado, ainda distante do Palácio Guanabara, quando um grupo ateou fogo a um boneco representando o governador Sérgio Cabral.
Outro grupo, ligado a organizações que lutam contra a homofobia, realizaram um “beijaço gay”, enquanto um pequeno grupo de atrizes se manifestou com os seios à mostra para chamar à atenção para questões como o uso da pílula anticoncecional e o aborto.
Ambos os protestos não foram vistos pelo pontífice nem pelas autoridades, que estavam na sede do Governo do Rio de Janeiro.
O grupo avançou até ao Palácio de Guanabara, mas foi ‘travado’ por um bloqueio da polícia.