Olof Blomqvist, porta-voz da Amnistia Internacional (AI), informou esta sexta-feira que a execução de Lau Fat-Wai – que ocorreu em finais de fevereiro -, foi confirmada por um dos seus irmãos. Todos os anos a AI de Hong Kong estabelece contacto com os familiares do condenado e só se soube do sucedido esta semana.
De forma a reduzir o número de execuções, desde 2007 que todas as condenações na China têm de ser aprovadas pelo Supremo Tribunal Popular. No entanto, a execução de Lau Fat-Wai teve luz verde, sendo que o caso do luso-chinês estava dependente da decisão deste tribunal.
A AI não conseguiu impedir o cumprimento da pena, apesar de Portugal ter comunicado que se manifestava contra a condenação.
Este desfecho não foi o esperado pelos portugueses, uma vez que Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, se revelou “optimista” depois de se ter reunido – em fevereiro do ano passado – com Zhang Beisan, embaixador da China, em Portugal.
O chinês de nacionalidade portuguesa não mantinha contacto com a família desde 2006 – ano em que foi detido em Cantão por transporte de droga, posse ilegal de arma e contrabando de materiais para o fabrico de estupefacientes.
Lau Fat-Wai só teve conhecimento da sua condenação – pena de morte – em 2009 e, durante os três anos que esteve detido, a família não teve conhecimento sobre o estabelecimento prisional onde se encontrava.