A questão da gravidez na sequência de uma violação continua a envolver os republicanos em acesa polémica. Depois de, há dois meses, outro candidato republicano ao senado norte-americano ter sugerido que quando se trata “mesmo” de uma violação, raramente há gravidez porque o corpo da mulher teria mecanismos para a evitar, agora é a vez de Richard Mourdock fazer declarações pouco consensuais.
No último debate da corrida ao Senado, pelo estado do Indiana, o candidato republicano explicoiu que só admite o aborto em “caso de risco para a vida da mãe”. “Debati-me com isto durante muito tempo, mas acabei por perceber que a vida é uma dádiva de Deus. Penso que mesmo quando a vida começa nesse situação horrível de violação, isso é algo que Deus quis que acontecesse”, afirmou.
O candidato republicano à Presidência, Mitt Romney, já reagiu a estas declarações, através de um porta-voz, garantindo que “não refletem os seus pontos de vista”.
Pouco depois de o debate de terça-feira à noite ter terminado, Mourdock tentou clarificar os seus comentários, dizendo que Deus não quer violações e eu nunca sugeri que sim. A violação é algo horrível”. “Deus cria a vida, é isso que eu quis dizer”.