As imagens captadas pelo fotógrafo amador Risto Mattila, que as partilhou no Instagram, mostram milhares de “ovos de gelo” junto ao mar, na ilha de Hailuoto, entre a Finlândia, a que pertence, e a Suécia. No dia em Mattila se deparou com o insólito espetáculo, fazia vento e a temperatura rondava os zero graus, como contou à BBC.
Os “ovos” tinham vários tamanhos e, segundo o fotógrafo amador, iam desde o equivalente a um ovo normal de galinha a uma bola de futebol.
“Nunca vi nada assim nos 25 anos em que vivo nas redondezas”, garante. O espanto é partilhado por outras testemunhas do fenómeno, que corroboraram a descoberta em declarações a outros meios de comunicação social. É o caso de Tarja Terentjeff, que vive na cidade próxima de Oulu, à CNN: “Foi um fenómeno espantoso que nunca tinha visto. Toda a praia estava cheia destas bolas de gelo.”
À cadeia britânica, o meteorologista George Goodfellow explica que, apesar de rara, a formação destes “ovos” implica o mesmo processo que leva à formação das pedras redondas, encontradas com frequência nas praias de todo o mundo. Neste caso, pedaços de gelo que se soltam de placas maiores são empurrados pelas marés ou pelos ventos junto à superfície da água. A erosão provocada pelas ondas vai moldando os pedaços de gelo, limando-lhes as arestas, ao mesmo tempo que a água do mar se cola àquelas formações, congelando também e levando a que aumentem de tamanho como bolas de neve. Quando chegam à costa, a rebentação faz o resto do trabalho de alisar a superfície dos “ovos”, deixando-os brilhantes e lisos.