A morte, por vezes, não é o maior castigo. Pelo menos é o que dizem as vítimas de Jeffrey Epstein, que agora dão cara à acusação contra i empresário americano e que durante anos estiveram envolvidas num complexo e desenvolvido esquema de exploração sexual. “Estou extremamente zangada e magoada só de pensar que ele, mais uma vez. acho que estava acima de nós e escolheu o caminho mais fácil”, confessou Jena-Lisa Jones, uma das mulheres envolvidas no caso, citada pela BBC.
Este sábado de manhã, Jeffrey Epstein foi encontrado inconsciente na sua cela, no Metropolitan Correctional Center em Nova Iorque, um dos centros prisionais mais seguros dos EUA. Morreu algumas horas depois.
Não foi a primeira vez que o milionário, preso preventivamente desde o ínicio de julho deste ano, tentou acabar com a sua própria vida. Há uns dias, Epstein foi encontrado na cela com lesões no pescoço que indicavam essa tentativa. Como tal, foi colocado sob vigilância contra suicídio, condição especial da qual seria retirado apenas dias depois.
Antes da morte, Epstein era suposto ser visto por um guarda de meia em meia hora e estar acompanhado por outro prisioneiro na cela. Contudo, nada disto se verificou na altura do suicídio, não havendo ainda qualquer explicação por parte do centro prisional de Nova Iorque.
De acordo com a BBC, o procurador-geral americano William Barr disse que havia “questões sérias que precisam ser respondidas”. William Barr acrescentou que estava “chocado” com a notícia da morte de Epstein mas que o departamento de justiça já abriu a sua própria investigação para apurar os contornos da morte.
E onde há incertezas misturadas com polémicas e figuras públicas, há espaço e imaginação para teorias da conspiração. Muitas são criadas por cidadãos americanos atentos ao caso e têm pouco impacto, outras são partilhadas pelo próprio presidente dos EUA.
A verdade é que Jeffrey Epstein mantinha boas relações com várias figuras políticas mundiais influentes. O envolvimento destas no esquema sexual de Epstein é por isso conjeturado por várias pessoas. O que Terrence Williams defende, num pequeno vídeo publicado no Twitter, é que a morte de Epstein está relacionada com o que este sabia sobre o ex-presidente Bill Clinton. E Donald Trump partilhou na sua página.