Um sismo de magnitude 6.4 atingiu quinta-feira a cidade de Ridgecrest, no sul da Califónia, nos Estados Unidos. Na altura foi classificado como o intenso na região dos últimos 20 anos (mas já foi destronado por um de 7.1, na sexta-feira, à noite).
Em Los Angeles, a 250 quilómetros de Ridgecrest, várias pessoas sentiram o sismo, ainda que de uma forma diferente. Numa conferência de imprensa transmitida pela CNN, Lucy Jones, especialista em sismos, explicava os contornos do terramoto quando foi questionada por uma jornalista sobre o porquê de, em alguns locais, o sismo se ter sentido “como se estivesse num barco”.
Lucy Jones esclareceu então a dúvida: “Um sismo produz energia em ondas com vários comprimentos. Existe a energia com frequências altas que o abana, e a energia com frequências baixas que provoca a ondulação.”
Como a energia de frequências altas não atinge grandes distâncias, ao contrário da energia de frequências baixas, é normal que, quando estamos longe do epicentro do terramoto (mas não longe o suficiente para não o sentirmos), apenas sejamos afetados por ondas de energia que provocam a sensação de ondulação.
No entanto, a especialista acrescenta que para o fenómeno suceder, o sismo tem de ter, pelo menos, magnitude 6 na escala de Richter. Segundo os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, ocorrem por ano cerca de 120 sismos de magnitude 6 a 6,9, em todo o mundo.