Decorria mais um campeonato de pesca no lago de Michigan, nos Estados Unidos, quando um dos participantes reparou em algo invulgar num dos peixes que havia apanhado: um anel de casamento preso com uma braçadeira de plástico à cauda do animal, o que causou enorme perplexidade aos pescadores.
Três dias mais tarde, o responsável acusou-se e veio a público explicar o que acontecera. “Quatro anos depois de me ter divorciado, senti a necessidade de me ver livre do anel, mas não queria deitá-lo fora, nem penhorá-lo, nem nada do género” disse o capitão Jason Rose, também pescador, ao jornal Chicago Sun Times.
Decidiu então prender o anel a um peixe e lançá-lo ao mar, uma forma metafórica de terminar de vez um casamento com mais de dez anos: “Ela foi sempre contra a minha vontade de seguir os meus sonhos e odiava o quanto eu pescava”.
Na última segunda-feira, o Departamento de Recursos Naturais do Estado de Michigan reagiu ao acontecimento, caracterizando o comportamento como “irresponsável”. Brian Gunderman, representante do departamento, disse ao canal Wood TV, que a forma como o anel foi anexado ao animal “iria sempre causar feridas ao longo do tempo”. Brian Gunderman distingue ainda o ato de pescar de um gesto que causa dor no animal ainda que o liberte no mar.
Jason Rose acredita veementemente que o anel estava amaldiçoado e declara que a sua vida “tem sido incrível desde o dia em que me livrei do anel”. A verdade é que o novo dono da aliança, o pescador que o encontrou, também corrobora a teoria: “Desde que entrou no meu barco, tive problemas com os controlos do motor, o mecanismo que eleva o piso do leme para chegar aos motores partiu-se e a mangueira da doca também se estragou (…) acho que lhe vou enviar o anel de volta por correio, sem morada para devolução”.