O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, numa mensagem divulgada na rede social Twitter, na qual defende que o drone (aparelho não tripulado) encontrava-se no espaço aéreo iraniano.
“Vamos levar esta nova agressão perante a ONU e mostrar que os Estados Unidos mentem quando dizem que o drone estava sobre águas internacionais”, escreveu Mohammad Javad Zarif.
“Os Estados Unidos sujeitaram o Irão ao seu terrorismo económico, realizaram ações clandestinas contra nós e agora estão a invadir o nosso território”, reforçou.
O representante de Teerão concluiu a mensagem afirmando que as autoridades iranianas “não procuram a guerra”, ressalvando, no entanto, que irão “defender até ao fim” o céu, a terra e as águas territoriais do país.
O Irão informou quinta-feira que um drone americano tinha sido abatido pela força aérea iraniana, alegando violação do espaço aéreo, na província costeira de Hormozgan, no sul do país.
Posteriormente, um comunicado do Pentágono informou que o pequeno avião não tripulado da Marinha norte-americana tinha sido abatido quando se encontrava em “espaço aéreo internacional, sobre o estreito de Ormuz”.
Em reação, através da rede social Twitter, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu: “O Irão cometeu um enorme erro!”.
Washington considera que a reação do Irão foi “injustificada”, já que “as informações iranianas segundo as quais o engenho aéreo sobrevoava o Irão são falsas”.
O chefe das forças aéreas do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom, na sigla em inglês), general Joseph Guastella, precisou hoje à tarde que o drone se encontrava a 34 quilómetros das costas iranianas quando foi abatido.
O drone de vigilância marítima RQ-4A Global Hawk “não violou o espaço aéreo iraniano em nenhum momento da sua missão”, afirmou o general norte-americano, durante uma teleconferência realizada a partir da base aérea de Al-Udeid, no Qatar.
Este incidente ocorre num contexto de crescente tensão entre o Irão e os Estados Unidos e depois de, na passada quinta-feira, dois petroleiros, um norueguês e um japonês, terem sido alvo de ataques no estreito de Ormuz, área considerada como vital para o tráfego mundial de petróleo.
Os Estados Unidos acusaram o Irão dos ataques e Teerão negou qualquer responsabilidade nos incidentes.
com Lusa