“Estou em modo ‘pausa’ até ver, demasiadas ameaças à minha família, demasiadas incorreções, demasiados cartões vermelhos, demasiado desprezo, demasiados insultos, estou cansado, triste”, escreveu o motorista que iniciou a primeira mobilização dos “coletes amarelos”, em 17 de novembro.
“Não está tudo acabado, mas estou no limite das minhas forças. E não é o Governo o mais cansativo de todos!!”, acrescentou Eric Drouet no seu mural.
Incitador da primeira mobilização em França do movimento que reclama mais justiça fiscal e social, Eric Drouet, de 34 anos, tornou-se rapidamente conhecido como a cara da contestação.
O motorista, que também ficou conhecido por incitar os restantes manifestantes a invadir o Palácio do Eliseu, a residência oficial do Presidente francês, foi condenado, no final de março, a uma multa de 2.000 euros por “organizar duas manifestações em Paris sem aviso prévio”.
Eric Drouet será novamente julgado em 5 de junho por porte de arma proibida, um bastão, na manifestação de 22 de dezembro.
O Presidente francês, Emmanuel Mácron, deverá anunciar na quinta-feira medidas de resposta à crise dos “coletes amarelos”, após a trégua política imposta pelo incêndio na catedral de Notre-Dame.
Dezenas de milhares de “coletes amarelos” manifestam-se desde novembro todos os sábados em toda a França, em protestos muitas vezes manchados pela violência.
A popularidade do Presidente nunca foi tão baixa, com apenas 27% dos franceses satisfeitos com o seu governo, de acordo com uma pesquisa de opinião Opinionway divulgada no sábado.
com Lusa
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