O pequeno país asiático, até 1984 uma colónia britânica, decidiu impor a lei islâmica na sua forma mais fundamentalista: desde 3 de abril, o Brunei começa a aplicar a morte por apedrejamento a quem for apanhado em atos homossexuais ou a cometer adultério. Violação e sexo anal terão a mesma punição. Em vez do apedrejamento, os juízes islâmicos podem optar por chicotear os condenados até à morte.
O sultão do Brunei (um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna de quase €20 milhões) já havia decidido há cinco anos a imposição da sharia, mas a pressão da comunidade internacional foi adiando a sua entrada em vigor.
Além destas penas de morte por apedrejamento, que se aplicam apenas aos muçulmanos do país (dois terços da população) e que serão sempre testemunhadas por outros muçulmanos, uma pessoa – seja um adulto ou uma criança – que seja apanhada a roubar terá uma mão e um pé amputados.
Faltas menores, como beber álcool, falhar a oração de sexta-feira ou ter filhos fora do casamento, resultam em multas pesadas ou prisão.
O nome oficial do Brunei, que tem uma população de pouco menos de meio milhão de habitantes, é “Nação do Brunei, Lar da Paz”.