Foi nos armazéns do Prior Velho que se receberam e acomodaram as cerca de 200 mil embalagens solidárias que os portugueses encheram com roupa para enviar às vítimas do ciclone Idai e das cheias subsequentes, em Moçambique. Numa operação que atingiu o seu objetivo em 24 horas, os CTT – Correios de Portugal afirmam ter ficado muito bem marcada a solidariedade do povo português. Parte das caixas já foram enviadas para Moçambique, por avião, onde ficarão ao cuidado dos Correios de Moçambique. As restantes doações seguirão em breve por via marítima.
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Numa altura em que continuam em cima da mesa várias dúvidas sobre como as doações materiais chegam às populações afetadas por catástrofes naturais – com o caso de Pedrogão Grande ainda bem presente na memória dos portugueses –, os CTT quiseram explicar qual o procedimento que estão a adotar para garantir o sucesso da operação.
O número oficial de mortes em Moçambique já superou as cinco centenas, segundo os números oficiais, mas estima-se que os óbitos sejam ainda mais numerosos. Já há também registos de mortos por doenças como cólera no Hospital Central da Beira. Várias equipas de ajuda humanitária estão no terreno desde o dia 15 de março, altura em que o ciclone atingiu terra, no centro de Moçambique, e há registos de ONG que estão preparadas para ficar naquele país durante seis meses.