Cerca de 1600 pessoas foram filmadas secretamente em quartos de hotel na Coreia do Sul, graças a câmaras escondidas nas boxes das televisões, nas tomadas de eletricidade e suportes de secadores de cabelo. As imagens, que as autoridades acreditam não terem sido captadas com a conivência dos hotéis, era transmitidas em direto para quem subscrevia o serviço.
Segundo o Departamento de Ciber-Investigação das autoridades sul-coreanas, o site que tinha mais de 4 mil membros, 97 dos quais pagavam uma taxa de 44.95 dólares mensais (39.47 euros) para ter acesso a “extras” como a possibilidade rever alguns dos live streams.
Entre novembro de 2018 e este mês, o serviço gerou receitas de mais de 6 mil dólares (cerca de 5,3 mil euros).
A polícia sublinha que, “no passado”, já tinha detetado um caso semelhante, com câmaras instaladas ilegalmente em hotéis, mas que “esta é a primeira vez que a polícia apanhou [o site] onde os vídeos eram transmitidos ao vivo”.
O uso de câmaras ilegas é recorrente na Coreia do Sul. Só em 2017 foram reportados às autoridades mais de 6.400 casos, quando cinco anos antes tinham sido “apenas” 2.400.