“Estamos diante de uma poluição por hidrocarbonetos que certamente se vai movimentar (…) e que, mais cedo ou mais tarde, fatalmente acabará na nossa costa”, explicou hoje o ministro da Transição Ecológica francês, François de Rugy.
Numa entrevista ao canal do Senado, Rugy disse hoje que meios aéreos estavam a sobrevoar a mancha, que na quarta-feira era de 10 quilómetros de comprimento e um de largura, para observar particularmente se ainda há algum derrame de combustível a partir dos depósitos do “Grande América”, naufragado a 4.600 metros de profundidade.
O ministro, embora tenha observado que existe incerteza devido às condições do mar, calculou que a poluição poderia chegar a terra, numa área que poderia ir do departamento de Charente-Maritime até Landes, no litoral Atlântico da França, entre domingo e segunda-feira.
Numa outra entrevista ao canal BFMTV, François de Rugy até levantou a possibilidade de que os hidrocarbonetos pudessem chegar “à costa espanhola”.
O “Grande América”, construído em 1997, começou a sua viagem em Hamburgo, na Alemanha, e tinha enchido os seus tanques com 3.000 toneladas de combustível para o seu próprio consumo, havendo ainda cerca de 2.200 quando afundou, resultado de um incêndio que começou no domingo.
Em alguns de seus contentores havia ácido sulfúrico e ácido clorídrico, que as autoridades francesas consideram que poderiam ter sido consumidos, pelo menos em parte, durante o incêndio.
com Lusa