Autoridades britânicas reavivaram os planos de emergência da Guerra Fria para realocar a família real, caso haja tumultos em Londres, com a saída da União Europeia.
“Esses planos de evacuação de emergência já existem desde a Guerra Fria, mas agora foram reaproveitados em caso de desordem civil após um não-acordo Brexit”, avança o Sunday Times, citando uma fonte não identificada do Gabinete do governo.
O caso está, efetivamente, a preocupar os britânicos: segundo Mail on Sunday, esses planos de transferir a família real, incluindo a rainha Elizabeth, incluem várias possibilidades de locais seguros longe de Londres.
“Os eleitores nunca vão perdoar os tories por um desastre sem acordo”, diz a mesma fonte.
Em janeiro, o discurso anual da rainha, de 92 anos, a um grupo de mulheres foi amplamente interpretado na Grã-Bretanha como um apelo aos políticos para que chegassem a um acordo sobre o Brexit.
Segundo disse Jacob Rees-Mogg, deputado conservador e defensor ferrenho da saída da UE, ao mesmo Mail on Sunday, “os planos mostram um pânico desnecessário das autoridades” e lembrou que a família real permaneceu em Londres durante o bombardeio da Segunda Guerra mundial.
Mas para um ex-responsável da segurança real, citado pelo Sunday Times, os planos fazem todo o sentido: “Se houver problemas em Londres, é óbvio que é preciso manter a família real longe dos locais-chaves”.