A quem era digirida a correspondência armadilhada?
Na quarta-feira, as encomendas com engenhos explosivos intercetadas tinham como destinatários o antigo presidente norte-americano Barack Obama, a ex-candidata à Casa Branca Hillary Clinton e a cadeia de televisão CNN.
Esta quinta-feira,foram intercetados em instalações dos correios no estado de Delaware dois pacotes suspeitos dirigidos ao antigo vice-presidente democrata Joe Biden e um outro foi encontrado no escritório da sociedade de produção cofundada pelo ator Robert de Niro, crítico do presidente norte-americano, Donald Trump.
Os investigadores pensam que estes casos estão relacionados com o explosivo descoberto na segunda-feira na caixa de correio do multimilionário e filantropo George Soros, em Bedford, nos arredores de Nova Iorque.
Os pacotes têm semelhanças entre eles?
Sim. A polícia federal norte-americana (FBI) indicou na quarta-feira que os dispositivos improvisados eram todos semelhantes – pedaços de cano bem selados com material explosivo no interior. O da CNN era negro e tinha arames.
Os pacotes tinham remetente?
Sim. As autoridades adiantam que todos tinham como morada de remetente a de uma eleita democrata da Florida, perto do gabinete da qual também foi encontrado um pacote suspeito. Em conferência de impresa, o responsável pela unidade de contraterrorismo da polícia de Nova Iorque, John Miller, confirmou que todas as bombas parecem ter origem da mesma pessoa ou grupo de pessoas.
Alguém ficou ferido?
Não, até ao momento nenhum dos engenhos detonou e não há relato de quaisquer ferimentos.
Quem são os responsáveis?
As autoridades ainda não anunciaram suspeitos.
Como é que os pacotes foram entregues?
No caso da CNN, a correspondência foi entregue por um estafeta. O pacote que chegou a casa de George Soros também foi entregue em mãos, mas a polícia ainda não revelou como os outros chegaram perto dos seus destinatários.
O que diz o Presidente Donald Trump?
Sem surpresas, Trump acusa os meios de comunicação social de serem “em grande parte” responsáveis pela “raiva” existente atualmente na sociedade norte-americana, apesar de na véspera ter lançado um apelo à unidade ao reagir ao envio dos pacotes armadilhados.
“Em momentos como estes, temos de nos unir”, declarou na quarta-feira na Casa Branca, adiantando: “Os atos e ameaças de violência política, seja qual for a sua natureza, não têm lugar nos Estados Unidos”.