Jean-Claude Juncker tem dito, em várias ocasiões, que sofre de ciátia, o que lhe dificulta os movimentos, mas as acusações de comparecer alcoolizado a um evento público não tardaram mal começaram a ser divulgadas as imagens captadas antes do jantar de gala, na quarta-feira.
A perda de equilíbrio fez com que o líder europeu, de 63 anos, tivesse de ser ajudado, entre outros, pelos presidentes da Finlândia e da Ucrânia e pelos primeiro-ministros português e holandês.
Aos jornalistas, António Costa garantiu que Juncker tinha “dores nas costas”, corroborado pelo seu homónimo da Holanda.”Ele não tem nenhuma doença grave. Pelo que sei sofre de dores nas costas desde há algum tempo. E, de vez enquando, tem crises de dores”, afirmou Mark Rutte.
O gabinete de Juncker alega o direito à privacidade para não comentar o episódio.
As acusações de aparecer alcoolizado em público vêm de longe e repetem-se com alguma frequência. Em maio do ano passado, por exemplo, durante uma cimeira das Nações Unidas, na Suiça, fontes diplomáticas citadas pela imprensa britânica alegavam que o responsável estava “muito visivelmente” sob o efeito de álcool. Em setembro de 2016, o próprio Juncker, em declarações ao jornal francês Liberation, referiu-se às acusações, dizendo considerar incorreto sugerir que tem um problema de álcool. “Eu sou assim. Assim que alguém quebra a regra é logo louco ou alcóolico”, reagiu, quando o seu comportamento, ao abraçar de forma atrapalhada o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban fez soar novamente os alarmes.