Afinal, não são as armas, são os casacos dos estudantes e a portas a mais nas escolas que facilitam os tiroteios que já tiraram a vida a dezenas de alunos, professores e funcionários nas escolas americanas.
Vamos por partes.
Hugh Hewitt, um conservador de direita, disse no seu habitual programa de rádio da cadeia MSNBC, que o problema dos massacres nas escolas e universidades podia ser resolvido de uma vez: proíba-se o uso de gabardines nos recintos.
Ouve-se e não se acredita, mas foi isto mesmo que disse. “Aos administradores e professores: a gabardine é uma espécie de brinde” para os criminosos, referiu no The Hugh Hewitt Show. “Vocês podem apena dizer ‘não há mais gabardines’”, adiantou.
Uma semana depois do tiroteio numa escola de Santa Fe, no Texas, onde um aluno de 17 anos usou as armas do pai (escondidas debaixo de uma gabardine) para matar 10 pessoas, Hugh Hewitt refutou o controlo de armas – “temos o direito de estar seguros nas nossas casas” – e que o melhor é mesmo controlar o vestuário, já que as gabardines costumam ser utilizadas por este tipo de criminosos para camuflarem as armas enquanto entram nos recintos escolares.
Já ontem, também o vice-governador do Texas, avançou com uma explicação para a existência de tantos massacres desta natureza: o número de portas que as escolas têm.
Dan Patrick referiu que é necessário olhar para a arquitetura dos edifícios de forma a prevenir tiroteios. “Há muitas entradas e saídas nos nossos campus do Texas. Se houvesse apenas uma porta na escola [de Santa Fe], talvez o atirador não tivesse conseguido entrar”, disse.
“Temos de ser criativos e pensar fora da caixa”, concluiu. Pois…