O Washington Post conta a forma como uma artista de 46 anos, a viver em Vancouver, no Canadá, descobriu às 6h00 da manhã do dia seguinte ao tiroteio como desenhar a tragégia na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Florida.
Uma das primeiras vítimas a ser identificada foi Aaron Feis, segurança, treinador-adjunto de futebol e uma das figuras preferidas dos alunos, que instintivamente se colocou à frente dos miúdos, protegendo-os dos disparos com a própria vida.
Ao jornal norte-americano, Pia Guerra relata como ficou impressionada com a história deste herói, pai de uma criança pequena, a defender os alunos das balas.
“Não é frequente vir uma imagem à cabeça e sentir um nó na garganta”, recorda. “Tenho de desenhar isto antes que se desvaneça”, pensou, naquela madrugada.
Horas depois, o cartoon estava publicado no Twitter, com o título “As boas-vindas ao herói” – Uma menina puxa Feis pela mão, com a fala “Venha Mister Feis! Há tantos de nós que queremos conhecê-lo!”. Atrás deste quadro, está representada uma multidão de crianças, jovens e alguns adultos que, explica Guerra, representa as muitas vítimas mortais dos tiroteios nas escolas dos EUA. Desde os anos 60, já morreram mais de 200 pessoas em episódios deste género, nas contas do Washington Post.