“Maravilhosa”, “triste”, “uma imagem do Brasil real”, “uma prova de discriminação”, “linda”. Nos comentários à foto do menino, com água quase para cintura e de costas para uma multidão de adultos a olhar na direção contrária, não faltam opiniões diferentes, incluindo as que classificam como “racismo” ver racismo nesta fotografia…
A imagem tornou-se viral pouco depois de o fotógrafo brasileiro Lucas Landau a partilhar no Facebook, no primeiro dia do ano, e, nos dias seguintes, multiplicaram-se as vozes a defender que só o conhecimento da história da criança poderia esclarecer se a foto era realmente um retrato do preconceito e exclusão no país ou simplesmente um menino deslumbrado com fogo de artifício.
“Conheci-o cinco dias depois de a nossa vida ter mudado”, explica o fotógrafo brasileiro, na mesma rede social. “Foi um encontro emocionante em que pudemos criar os nossos vínculos, finalmente”, continua, antes de, para desilusão de muitos, concluir que optaram por “manter esse momento privado”.
“Fico contente de ver a fotografia cumprindo seu papel enquanto arte: levantando discussões, ensinando, questionando, gerando debates que nos fazem evoluir como sociedade”, escreveu no mesmo post.