Um dia depois de Steve Bannon, conselheiro sénior de Donald Trump, ter dito que a guerra com a comunicação social iria “piorar” – “Vai ser uma luta diária”, afirmou esta quinta-feira -, as cadeias televisivas CNN e BBC, assim como os jornais The New York Times e Politico, entre outros, foram hoje impedidos de assistir ao briefing diário com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
Através do editor executivo Dean Baquet, o New York Times deu a conhecer o seu “forte protesto” contra uma decisão que “nunca tinha acontecido na Casa Branca” nos muitos anos que o jornal leva a cobrir as “múltiplas administrações de diferentes partidos”. Já a CNN considera “inaceitável” a decisão da “Casa Branca de Trump”. E contra-ataca: “Aparentemente, esta é a forma como eles retaliam quando se reportam factos que não lhes agradam.”
Em solidariedade, a agência Associated Press e a revista Time negaram-se a participar no encontro com o secretário de impensa Sean Spider, que viabilizou a presença do site Breitbart News, idealizado por Steve Bannon.
Os órgãos de comunicação social que tiveram acesso ao briefing foram aconselhados a partilhar a informação com os que ficaram à porta pelo correspondente da agência Reuters na Casa Branca, Jeff Mason, que preside à associação de jornalistas que fazem a cobertura noticiosa da presidência americana.