Dezenas de mulheres seminuas e vestidas saíram ontem à rua em Buenos Aires para reivindicar o direito ao topless na praia. Depois do episódio do passado mês de janeiro em que um polícia pediu a uma mulher para abandonar uma praia por estar a apanhar sol em topless.
Os vários pequenos protestos têm ocorrido por toda a Argentina apelando à alteração da lei sobre o topless feminino em praias públicas que não está clara.
Para justificar o incidente, o polícia envolvido no caso citou um artigo do Código Penal que proíbe “as demonstrações ou exibições obscenas” como forma de justificar a sua decisão mas o juiz do processo não considerou o topless um crime.
Na origem dos protestos está a igualdade de género e pelas ruas da baixa de Buenos Aires viram-se mulheres em tronco nu com cartazes que diziam “os únicos seios que os incomodam são os que não estão para venda” ou “soberania sobre o nosso corpo”.
Este não é um caso isolado, a força dos movimentos feministas já se tinha mostrado no ano passado quando centenas de argentinos saíram às ruas para protestar contra a violência de género, depois de uma menina de 16 anos ter sido violada e morta.
O The Guardian noticiou hoje que Grace Prounesti Piquet, uma antiga fotógrafa de 33 anos, disse “Em muitos países, quando uma mulher reporta violência de género, ninguém ouve, mas quando mostra (deliberadamente) os seios envolvem tanta polícia”. Estava no protesto de ontem e nas suas costas podia ler-se, a rosa, “Os seios não são um crime”.
Os contra protestos também não se fizeram esperar – vários grupos, sobretudo de homens, gritaram “Saiam daqui” para as manifestantes.