Sim, leu bem. O novo inimigo das forças armadas francesas é o jogo Pokémon Go. Num memorando distribuído internamente no ministério da Defesa francês, pode-se ler que o jogo ameaça a segurança nacional e pode levar a que os jogadores, na sua busca por Pokémons neste jogo de realidade virtual aumentada, invadam bases militares para conseguir “apanhá-los todos”.
Este documento deixa também uma nota clara aos funcionários: toda a presença destas criaturas virtuais dentro das instalações militares francesas, incluindo do próprio ministério, deverá ser reportada. O problema é que, no mesmo memorando, também se podia ler que era proibido utilizar o jogo dentro das instalações, o que vai complicar a tarefa aos seus funcionários de reportarem a presença de Pokémons dentro das instalações.
Diz a agência noticiosa Bloomberg que, durante uma entrevista telefónica, Valerie Lecasble, porta-voz do ministério, disse que “a segurança da nação não é um jogo” e que ” de forma alguma o ministério vai permitir o acesso a pontos que são vitais para a defesa do território francês”.
No seu pico de popularidade, em Julho, o jogo prendia cerca de 45 milhões de pessoas diariamente ao ecrã à procura de Pokémons e fez com que a Nintendo atingisse níveis recorde na bolsa de valores de Tóquio aumentando o seu valor em 25% fazendo com que a companhia valesse 24 mil milhões de euros. Atualmente, o número de jogadores diários ronda os 30 milhões, mostrando que o fenómeno está a perder fulgor.