O forte terramoto que hoje abalou o centro de Itália fez, pelo menos, 120 mortos, segundo um novo balanço oficial, feito pelo primeiro-ministro italiano. O anterior balanço oficial era de 73 mortos.
Em conferência de imprensa, a presidente da Proteção Civil, Immacolata Postiglione, explicou que o número de mortos deve aumentar devido aos muitos desaparecidos e ao facto de a área afetada ser muito ampla e com numerosas pequenas localidades.
O terramoto, ocorrido às 03:36 (02:36 em Lisboa), teve uma magnitude de 6,2 na escala de Richter, segundo o centro norte-americano de monitorização da atividade sísmica mundial USGS, e de 6,0, segundo o Instituto de Geofísica italiano.
A zona mais atingida é uma região montanhosa cerca de 150 quilómetros a nordeste de Roma, no centro de Itália.
Das 73 vítimas mortais contabilizadas, 53 estavam nas localidades de Accumoli e Amatrice, na província de Rieti, e as outras 20 em Arquata e Pescara del Tronto, na região de Marcas, que ficaram quase completamente destruídas.
As autoridades não deram até ao momento qualquer número de pessoas desaparecidas, mas segundo a agência Agi são centenas.
Equipas de resgate continuavam durante a tarde a procurar sobreviventes nos escombros.
Uma das principais preocupações no momento é garantir alojamento para milhares de pessoas que ficaram sem casa. Segundo a Proteção Civil, foram montados quatro campos com capacidade para 250 pessoas cada um.
O abalo, também sentido em Roma, a aproximadamente 150 quilómetros de distância, foi seguido de diversas réplicas e ocorreu muito perto de Aquila, onde um sismo de magnitude 6,3 causou, em 2009, mais de 300 mortos e devastou a região de Abruzos.