Elon Musk, o empresário que criou a maior empresa de pagamento online (o PayPal), investiu na exploração do espaço com a SpaceX e está a apostar na democratização dos carros elétricos com a Tesla, acredita na teoria de que a realidade não passa de uma simulação. Durante uma conferência na Califórnia, o CEO da Tesla também conhecido pelas suas opiniões excêntricas, disse que existe uma grande possibilidade de os seres humanos serem personagens de uma espécie de jogo de computador, controlado por uma civilização mais avançada.
E não há possibilidades de a humanidade ser real?, perguntaram-lhe. Para Elon Musk, a possibilidade de não ser algo programado “é insignificantemente pequena”: “Há uma hipótese em cada mil milhões de hipóteses de que isto [o mundo] esteja baseado numa realidade.”
Musk assenta a sua teoria no rápido avanço tecnológico das últimas décadas. “Há quarenta anos tínhamos o Pong. Eram dois retângulos e um ponto. Era a isso que chamávamos jogos. Agora, 40 anos depois, temos simulações em 3D com milhões de pessoas a jogar simultaneamente. Em breve teremos a realidade virtual, a realidade aumentada.” Devido a essa evolução, defende Musk, dentro de pouco tempo os jogos vão ser indistinguíveis da realidade. Por isso, acrescenta o presidente executivo da SpaceX, o mais provável é que a humanidade esteja a viver numa simulação – semelhante a um jogo de computador.
Será esta ideia assustadora? Para Musk o único risco é o de as pessoas se tornarem animais de estimação das inteligências artificiais, caso a humanidade deixe de evoluir. Para lutar contra isso, a solução, diz, será instalar chips ou outros tipos de tecnologia no cérebro para que as pessoas possam controlar a tecnologia com a mente.
As vantagens? Uma delas é ter poder, explica Musk. “Hoje uma pessoa tem superpoderes com o seu computador, com o telemóvel, e com as aplicações que estão neles. Têm mais poder do que o presidente dos Estados Unidos tinha há 20 anos.”
Não é a primeira vez que Musk verbaliza opiniões tão extremas. O milionário acredita que em menos de dois anos veremos nas estradas carros completamente autónomos e que até 2015 vai ser possível fazer viagens para Marte.