“É necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu”, anunciava o ex-ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, a 6 de abril de 2011.
A especulação sobre a possibilidade de Portugal pedir ajuda já vinha de longe, especialmente após o pedido de ajuda da Grécia em maio de 2010. Quando a Irlanda, na sequência de uma bolha imobiliária, viu o seu setor financeiro em sérias dificuldades, optou também por pedir ajuda, em novembro de 2010, a pressão intensificou-se, até que no início de março de 2011 o Governo socialista apresentou o que viria a ser um pacote de austeridade fatídico para a sua vida política.
Um ano depois, todos os principais indicadores da economia nacional registaram agravamentos, com exceção das exportações — e mesmo estas estão em abrandamento.
O Produto Interno Bruto (PIB), que já estava a encolher antes do pedido de ajuda, continuou a diminuir. Segundo números do Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB reduziu-se 1,1 por cento no segundo trimestre de 2011 (por comparação com o mesmo período do ano anterior), caiu 1,9 por cento no terceiro trimestre, e contraiu-se 2,8 por cento nos últimos três meses do ano passado.
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