Segundo a edição desta sexta-feira do Diário de Notícias, o Partido Socialista já recebeu do gabinete do primeiro-ministro os números totais dos nomeados pelo Governo nesta legislatura que tiveram subsídio de férias, ao contrário da esmagadora maioria dos funcionários públicos, conforme previsto no Orçamento de Estado. E se, em setembro, o Governo confirmava apenas os 131 assessores dos ministros nesta situação de exceção, agora admite foram, afinal, 1454 os beneficiados com o subsídio de férias.
Este número corrige, aliás, uma informação remetida dois dias antes pelo gabinete de Pedro Passos Coelho ao PS e que mencionava 233 trabalhadores. Nessa altura, o Executivo avançava ter gasto em subsídios de férias cerca de 591 mil euros. Como o Governo corrigiu apenas o número de funcionários sem atualizar o valor gasto, o DN assume que “pode apenas querer dizer que o número dos nomeados estava errado, mas dos gastos com subsídios não”. A confirmar-se, falta então somar apenas os 171 mil euros dos subsídios pagos aos assessores dos ministros para chegar a um total de 765 mil euros.
Os esclarecimentos do gabinete de Passos Coelho são a resposta a perguntas que o PS enviou ao Governo em julho, quando surgiram as primeiras notícias de que os assessores ministeriais teriam recebido subsídio de férias apenas do estipulado no OE.