O défice orçamental nos primeiros seis meses do ano atingiu os 6,8 por cento do Produto Interno Bruto, em contabilidade nacional (a que conta para Bruxelas), correspondente a -5.597 milhões de euros, indicou hoje o INE.
No destaque com as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, o Instituto Nacional de Estatística (INE) explica que “embora se tenha verificado uma redução significativa da despesa corrente, o saldo corrente não evidenciou melhoria em consequência da evolução negativa da receita corrente”.
O INE diz que, no que diz respeito à recente corrente em termos homólogos, as variações mais significativas “verificaram-se ao nível dos impostos sobre a produção e a importação e das contribuições sociais”.
Défice do ano passado corrigido
O Instituto Nacional de Estatística reviu hoje em alta o défice orçamental do ano passado, que passa de 4,2 para 4,4 por cento do Produto Interno Bruto, e a dívida pública de 107,8 para 108,1 por cento do PIB.
De acordo com a segunda notificação do ano do Procedimento dos Défices Excessivos que Portugal está obrigado a enviar para Bruxelas, o valor é revisto em 262,5 milhões de euros, que são justificados com “informação adicional”.
Quando comparado com a primeira notificação datada de 30 de março deste ano, pode-se verificar que o défice orçamental piora em 291,1 milhões de euros na administração central, melhora em 80,4 milhões de euros na administração local enquanto o saldo positiva dos fundos da Segurança Social acaba por diminuir em 51,9 milhões de euros.