O ano começou em grande: Em janeiro, a PT ficou francesa – depois de ter sido rejeitada pela “noiva” brasileira -, embora a venda à Altice, por cerca de 7 mil milhões de euros, só tenha sido assinada meses depois, em junho. O carnaval trouxe a OPA do acionista espanhol Caixabank sobre o BPI, a qual não agradou a Isabel dos Santos (também acionista com 20% do banco) que inviabilizou a operação. Os meses seguintes ficaram marcados pela venda de alguns ativos do antigo GES a estrangeiros.
Em junho, já com o verão à porta, a filha do Presidente angolano voltou a ser notícia investindo 200 milhões de euros na compra de 65% da Efacec. Em setembro, o Banco de Portugal adiou a venda do Novo Banco para 2016, insatisfeito com as ofertas em cima da mesa. Outubro foi mês de eleições e os grandes negócios pararam.
Mas faz parte da tradição reservar alguns anúncios para os últimos dias do ano, como o da negociação dos direitos de transmissão dos jogos de futebol (e não só) dos três grandes – Benfica, Porto e Sporting. A Nos investiu 915 milhões de euros para assegurar o exclusivo do Benfica (400 milhões) e do Sporting (515 milhões); a Meo respondeu com a assinatura de um contrato de 457,5 milhões de euros com o FC Porto. São valores nunca vistos no futebol nacional, ultrapassando os 1 300 milhões de euros num prazo de dez anos.
Há ainda o Banif, a encerrar o balanço dos negócios que marcaram o ano. O banco, que passou três anos no limbo de Bruxelas, foi comprado em contra relógio pelo Santander por 150 milhões de euros. Coisa pouca, em comparação com as perdas de três mil milhões de euros passadas para os contribuintes (para além do prejuízo dos acionistas, dos obrigacionistas e também dos outros bancos). E assim, depois do BPN, do BPP e do Novo Banco, os contribuintes foram de novo chamados a salvar um banco que, embora de pequena dimensão, representa perdas muito elevadas.Pela última vez?